Histórico do Projeto

O município de Guarujá, localizado a 82 km da capital do Estado na Ilha de Santo Amaro, possui uma área total de 144,794 km², em grande parte destinada a unidades de conservação. A ilha é separada do continente pelo Canal de Bertioga e da Ilha de São Vicente pelo Estuário de Santos, com limites ao norte com a área continental de Santos e o município de Bertioga, ao sul e leste com o Oceano Atlântico, e a oeste com a área insular de Santos.

Segundo o censo demográfico do IBGE de 2022, Guarujá é atualmente a quarta maior cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), com uma população de 287.634 habitantes e uma densidade demográfica de 1.986,50 habitantes por km².

O desenvolvimento urbano do município começou na orla marítima, que nas últimas décadas passou por intensa expansão imobiliária, direcionada principalmente para as classes de renda mais alta. Paralelamente, as instalações do cais das barcas para ligação ao Porto de Santos e da estação ferroviária estimularam o crescimento do Bairro de Itapema, que originou o Distrito de Vicente de Carvalho.

Do ponto de vista ambiental, a ocupação da região foi fortemente influenciada por seus acidentes geográficos. Grande parte do território é composto pela Serra do Mar, cuja mata é protegida por lei. As áreas urbanas centrais estão concentradas em duas ilhas: São Vicente e Guarujá, com extensos manguezais ao redor, limitando a expansão horizontal das ocupações.

Desde a década de 1950, com a instalação de grandes infraestruturas na região, Guarujá experimentou um crescimento desordenado, impulsionado pela chegada de migrantes atraídos pela demanda de mão de obra, resultando em inúmeras ocupações irregulares.

Guarujá se divide em dois distritos: Vicente de Carvalho e Guarujá. De acordo com o IBGE, 49,26% da população municipal, equivalente a 141.697 pessoas, reside em Vicente de Carvalho, distribuídas em 53.380 domicílios, com uma média de 3 pessoas por domicílio. Já o distrito de Guarujá abriga 107.016 domicílios, dos quais 52,3% são de uso ocasional (veraneio), com uma população residente de 145.937 pessoas, correspondendo a 50,73% da população total, e uma média de 2,79 moradores por domicílio.

O acelerado desenvolvimento econômico e a valorização do solo urbano, especialmente nas áreas próximas à orla, levaram a uma ocupação irregular significativa, principalmente nas áreas ambientalmente sensíveis e em faixas de domínio de rodovias e ferrovias, onde o controle sobre a ocupação foi menos rigoroso. Atualmente, o município possui 66 áreas de ocupação irregular.

Corpo Técnico

  • Coordenador: João B. Neves – Sociólogo
  • Técnico de Mobilização de Campo: Janoária Almeida Bueno – Assistente Social
  • Técnico de Geoprocessamento: Kercio – Geógrafo
  • Educador Ambiental e Patrimonial: Evandro N. Fernandes – Economista e Especialista Ambiental
  • Educador Ambiental: [Nome não fornecido] – Biólogo
  • Administrativo: Danielle Leão das Neves – Técnica Administrativa


Temática do Projeto

Educação Ambiental e Patrimonial para Mapeamento, Monitoramento e Requalificação de Espaços Livres Públicos


Corpo Técnico

  • Coordenador: João B. Neves – Sociólogo
  • Técnico de Mobilização de Campo: Janoária Almeida Bueno – Assistente Social
  • Técnico de Geoprocessamento: Kercio – Geógrafo
  • Educador Ambiental e Patrimonial: Evandro N. Fernandes – Economista e Especialista Ambiental
  • Educador Ambiental: [Nome não fornecido] – Biólogo
  • Administrativo: Danielle Leão das Neves – Técnica Administrativa

Público Alvo

População residente no Sítio Conceiçãozinha no Município do Guarujá/SP, composta por 4.755 pessoas que ocupam 1.451 domicílios, conforme dados do censo do IBGE de 2022.

Beneficiários

Até o momento, o projeto beneficiou a população residente no Sítio Conceiçãozinha no Município do Guarujá/SP.


Descrição do projeto

Este projeto se baseia na interação direta com as dinâmicas da comunidade do Sítio Conceiçãozinha, no município de Guarujá/SP. A iniciativa busca envolver a população local, identificando e engajando indivíduos, grupos e instituições em processos de organização comunitária. O objetivo é formar grupos de interesse focados em temas cruciais para a sustentabilidade e qualidade de vida, tais como:

  • Produção e tratamento de resíduos sólidos;
  • Identificação, recuperação e manutenção de espaços livres públicos;
  • Gestão da água urbana: incluindo abastecimento, drenagem e esgotamento.

Esses temas servirão como base para o desenvolvimento de atividades socioeducativas que fortalecerão o trabalho comunitário. Durante o processo, a equipe do projeto trabalhará com conceitos ambientais e urbanísticos, abordando temas como:

  • Espaço livre público: visando a compreensão da formação de sistemas urbanos;
  • Bairro e lugar: explorando a ideia de escala na cidade;
  • Córrego, nascentes e bacia hidrográfica: conforme a legislação das Áreas de Preservação Permanente (APP);
  • Paisagem: promovendo uma reflexão sobre a conexão e o espelhamento entre o ambiente natural e o espaço urbano.

Essas abordagens visam ampliar a compreensão dos participantes sobre o meio ambiente e o espaço urbano, promovendo a conscientização e o empoderamento da comunidade na gestão e valorização dos recursos naturais e urbanos.

Cronograma e Atividades

O trabalho será executado ao longo de um período mínimo de 12 meses, com base nas seguintes ações e atividades:

  • Reunião Comunitária de Educação Ambiental e Patrimonial e Formação do Grupo de Multiplicadores Ambientais;
  • Oficinas de Educação Ambiental e Patrimonial para Capacitação do Grupo de Multiplicadores Ambientais;
  • Curso sobre os Conceitos Urbanos e Ambientais;
  • Oficinas de Campo para Mapeamento de Espaços Livres Públicos das Comunidades;
  • Oficinas de Campo para Monitoramento e Requalificação de Espaços Livres Públicos das Comunidades;
  • Oficinas de Conscientização sobre Resíduos Recicláveis;
  • Oficinas de Consumo Consciente de Água e Energia Elétrica.

Contato

contato@talhar.org

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